Era uma vez… um ministério
No anúncio da última remodelação governamental, o Primeiro-ministro frisou os ganhos que esta dança das cadeiras irá trazer para o ensino superior e para a juventude, com a criação de ministérios tutelares. O que ficou bem patente, embora ninguém o tenha dito, é que a cultura ficou oficialmente relegada a “parente pobre” do executivo – já o era quando havia uma tutela exclusiva. Agora, não restam dúvidas. Que prioridade terão os grandes dilemas da cultura, como a ausência de políticas públicas e a criação de uma industria cultural, num ministério todo voltado para o ensino superior, sector que sempre teve mais projecção na agenda política da governação? Ainda por cima, quando o sector esteve durante vários anos reduzido, em termos de gestão, à questão da oficialização da língua materna. Com partidarização da questão e, consequentemente, a falta de entendimento no Parlamento, a cultura esvai-se enquanto sector de governação.
por Matilde
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